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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Morfoestrutura do Relevo

O Relevo - Morfoestrutura

     O planeta é revestido de uma capa rígida formada pela crosta terrestre e pelo manto superior, como uma casca. A essa camada mais superficial do globo damos o nome de litosfera. É sobre ela que o relevo ganha seus contornos, formando desde depressões até cadeias montanhosas. Veja a seguir as estruturas geológicas que constituem a litosfera.

Escudos Cristalinos

     São os terrenos mais antigos da crosta terrestre, formados pelo choque de massas continentais ocorridos há centenas de milhares de anos durante a era Pré-Cambriana (Arqueozoica e Proterozoica). Os escudos cristalinos são constituídos de rochas magmáticas, ou seja, trata-se do magma – material líquido proveniente do manto – em estado sólido.

Bacias Sedimentares

      Foram formadas nas eras Paleozoica e Mesozoica, com a erosão das rochas dos escudos cristalinos - após o desgaste dos maciços, seus sedimentos foram depositados em regiões mais baixas. O acúmulo desses detritos, somados aos restos orgânicos, transformam-se em rochas sedimentares pelo processo de litificação.
(ver o arquivo sobre as rochas e minerais)

Dobramentos Modernos

     Trata-se das formações mais recentes da crosta terrestre, surgidos do choque de placas ocorrido entre o fim da era Mesozoica e início da Cenozoica. As rochas são mais flexíveis e situam-se na zona de contato entre as placas tectônicas. Nessa região de grande instabilidade e frequentes movimentos sísmicos, encontram-se montanhas e vulcões ativos e extintos.   

Professor Almir Alves

Fonte: Revista Geografia e Vestibular 2012, Editora Abril.


Geomorfologia Parte 1













Estrutura Interna

Estrutura Interna

        A Terra não é um corpo homogêneo nas suas características físico-químicas. Ao contrário, apresenta grande variação quanto à temperatura, densidade e ao material que a constitui. De acordo com sua composição e comportamento físico dos materiais que compõem a Terra, podemos dividir ela em três camadas ou esferas concêntricas: Litosfera, Manto e Núcleo. Para entender a estrutura interna da Terra, os cientistas utilizam como subsídio o estudo dos métodos sísmicos, gravimétricos e magnéticos.
Os métodos sísmicos permitem um melhor entendimento da propagação das ondas sísmicas através de camadas com atributos físicos particulares.
Os métodos gravimétricos voltam-se à análise e à medição do valor da gravidade em zonas diversas da terra, permitindo, portanto, deduzir as densidades das rochas.
Os métodos magnéticos são empregados na investigação do valor do magnetismo nas várias camadas terrestres. Mediante a aplicação desses métodos, pode-se identificar o corpo rochoso existente numa determinada região, uma vez que há rochas que têm elevado grau de magnetismo e outras que apresentam um baixo grau de magnetismo, às vezes quase nulo.
            O material expelido pelos vulcões em atividade e também a estrutura de meteoritos que se chocam com o nosso planeta são estudados para melhor compreensão dessas Geoesferas. Veja a seguir o esquema da estrutura da Terra de duas formas distintas, mas que na essência significa a mesma coisa:  


Cortes esquemáticos da estrutura da terra






Litosfera

É das três geoesferas referidas, a mais superficial. Representa apenas 1% da massa do planeta. Sua origem ocorreu a partir do resfriamento do magma. De acordo com Strahler (1987, p.7) “essa camada inclui a crosta terrestre e uma parte do mando superior. A espessura da litosfera varia de menos de 50 km a mais de 125 km, numa média de aproximadamente 75 km”. É a camada de grande importância, pois nela está grande parte da história da terra contada nas diversas camadas existentes na litosfera.

Podemos dividir a crosta terrestre (litosfera) em duas camadas diferentes:

Crosta Continental: formada, sobretudo por rochas graníticas, rochas cuja composição é semelhante ao granito. Sobre o embasamento de rochas graníticas ocorrem as rochas sedimentares, que em algumas bacias podem alcançar vários metros de espessura. Essa camada também é chamada de Sial. Este nome deriva dos principais elementos que constituem esta camada (Silicatos de Alumínio). Segundo alguns estudos, a crosta continental apresenta espessura média entre 30 a 80 km.

            Crosta Oceânica: formada por rochas mais densas (basáltica e ultrabásicas), situa-se abaixo da crosta continental. É também chamada de Sima, nome derivado da sua composição química, na qual predomina os Silicatos de Magnésio.

Manto 

Trata-se de uma camada intermediária situada acima do núcleo. Tem uma espessura aproximada de 2.900 km, sua composição é de Silicatos Ferromagnesianos. Boa parte dos fenômenos que afetam a crosta terrestre tem origem na parte superior do manto. As temperaturas podem alcançar 4.000ºC.
Obs. Magma é uma matéria em estado de fusão (pastoso), que constitui boa parte do núcleo e do manto.

Núcleo

Parte mais interna do planeta. Pode ser dividido em núcleo externo e interno. O núcleo externo comporta-se como liquido apesar de sua composição metálica, admite-se que seus componentes estão em estado de fusão. Estende-se de 2.900 km até 5.100 km. O núcleo interno vai desde 5.100 km até o centro da Terra, cerca de 6.400 km. O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel. A temperatura atinge cerca de 6.000ºC.

Professor Almir Alves


A Origem da Terra

Curiosidades  - A Origem da Terra                                                

Nosso planta surgiu 5 bilhões de anos atrás, após uma complexa cadeia de eventos. As primeiras formas de vida aparecem 1,5 bilhões de anos depois, e o nascimento do homem ocorreu há “apenas” 100 mil anos.

Há quase 5 bilhões de anos, uma estrela explodiu num canto da Via Láctea, espalhando poeira pelo espaço. A gravidade começou a juntar os grãos de poeira em pedaços cada vez maiores. Assim surgiu a Terra.

3 Bilhões

As células se espalham pela terra. Mas o processo é lento, devido à queda de meteoros. O planeta, ainda novo, guarda o calor da explosão estelar e, por isso, seu interior quente vive vazando por vulcões. Outro problema são os tórridos raios solares.

2 Bilhões  

A agitação cósmica e geológica aos poucos vai diminuindo, enquanto o planeta esfria. Forma-se a camada de ozônio, que torna os raios solares menos nocivos e permite o surgimento de formas de vida mais complexas.

1 Bilhão

Aparecem células mais complicadas, os eucariontes, que possuem todas as organelas. A vida vai, aos poucos, tomando o planeta, protegido do Sol pela camada de ozônio. Os meteoros são cada vez mais raros.

600 Milhões

Surgem os primeiros organismos multicelulares – todos invertebrados. A variedade de vida aumenta de maneira impressionante. Os oceanos se povoam com seres mais estranhos.

500 Milhões

Aparecem os peixes primitivos – não muito diferentes dos atuais tubarões. São os primeiros vertebrados. A Terra fica mais interessante.

400 Milhões

Há 350 milhões de anos, os vertebrados saem do mar – surgem os anfíbios. Todos os continentes estão unidos em um só grande bloco – a Pangeia, que começa a ser habitada por muitas plantas primitivas.

300 Milhões

Os répteis aparecem há 300 milhões de anos e, em seguida, tomam o planeta. Os primeiros dinossauros passam a ser vistos em todos os continentes. Os insetos também se diversificam muito.

200 Milhões

Há 200 milhões de anos surgem os mamíferos  - então não muito mais que ratinhos insignificantes com características de répteis. A Terra ainda é dos dinossauros. Outra inovação: as plantas ganham flores.

100 Milhões

Com a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos, sobra espaço para os mamíferos. Eles se tornam maiores e mais diversificados e herdam o trono do planeta. As aves também se espalham.

Hoje

Surge o homem – há apenas 100 milhões, insignificantes para a longa história do planeta. A nova espécie vem alterando a Terra como nenhuma antes fizera.

                                                                  Professor Almir Alves
Fonte: Revista Geografia e Vestibular 2012, editora Abril.