Estrutura Interna
A Terra não é um corpo homogêneo nas suas características físico-químicas. Ao contrário, apresenta grande variação quanto à temperatura, densidade e ao material que a constitui. De acordo com sua composição e comportamento físico dos materiais que compõem a Terra, podemos dividir ela em três camadas ou esferas concêntricas: Litosfera, Manto e Núcleo. Para entender a estrutura interna da Terra, os cientistas utilizam como subsídio o estudo dos métodos sísmicos, gravimétricos e magnéticos.
Os métodos sísmicos permitem um melhor entendimento da propagação das ondas sísmicas através de camadas com atributos físicos particulares.
Os métodos gravimétricos voltam-se à análise e à medição do valor da gravidade em zonas diversas da terra, permitindo, portanto, deduzir as densidades das rochas.
Os métodos magnéticos são empregados na investigação do valor do magnetismo nas várias camadas terrestres. Mediante a aplicação desses métodos, pode-se identificar o corpo rochoso existente numa determinada região, uma vez que há rochas que têm elevado grau de magnetismo e outras que apresentam um baixo grau de magnetismo, às vezes quase nulo.
O material expelido pelos vulcões em atividade e também a estrutura de meteoritos que se chocam com o nosso planeta são estudados para melhor compreensão dessas Geoesferas. Veja a seguir o esquema da estrutura da Terra de duas formas distintas, mas que na essência significa a mesma coisa:
Cortes esquemáticos da estrutura da terra
Litosfera
É das três geoesferas referidas, a mais superficial. Representa apenas 1% da massa do planeta. Sua origem ocorreu a partir do resfriamento do magma. De acordo com Strahler (1987, p.7) “essa camada inclui a crosta terrestre e uma parte do mando superior. A espessura da litosfera varia de menos de 50 km a mais de 125 km, numa média de aproximadamente 75 km”. É a camada de grande importância, pois nela está grande parte da história da terra contada nas diversas camadas existentes na litosfera.
Podemos dividir a crosta terrestre (litosfera) em duas camadas diferentes:
Crosta Continental: formada, sobretudo por rochas graníticas, rochas cuja composição é semelhante ao granito. Sobre o embasamento de rochas graníticas ocorrem as rochas sedimentares, que em algumas bacias podem alcançar vários metros de espessura. Essa camada também é chamada de Sial. Este nome deriva dos principais elementos que constituem esta camada (Silicatos de Alumínio). Segundo alguns estudos, a crosta continental apresenta espessura média entre 30 a 80 km.
Crosta Oceânica: formada por rochas mais densas (basáltica e ultrabásicas), situa-se abaixo da crosta continental. É também chamada de Sima, nome derivado da sua composição química, na qual predomina os Silicatos de Magnésio.
Manto
Trata-se de uma camada intermediária situada acima do núcleo. Tem uma espessura aproximada de 2.900 km, sua composição é de Silicatos Ferromagnesianos. Boa parte dos fenômenos que afetam a crosta terrestre tem origem na parte superior do manto. As temperaturas podem alcançar 4.000ºC.
Obs. Magma é uma matéria em estado de fusão (pastoso), que constitui boa parte do núcleo e do manto.
Núcleo
Parte mais interna do planeta. Pode ser dividido em núcleo externo e interno. O núcleo externo comporta-se como liquido apesar de sua composição metálica, admite-se que seus componentes estão em estado de fusão. Estende-se de 2.900 km até 5.100 km. O núcleo interno vai desde 5.100 km até o centro da Terra, cerca de 6.400 km. O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel. A temperatura atinge cerca de 6.000ºC.
Professor Almir Alves